Your browser doesn't support javascript.
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters

Database
Document Type
Year range
1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S518, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859719

ABSTRACT

Introdução: Recentemente a maior campanha mundial de imunização da história, contra a pandemia de SARS-CoV-2, foi iniciada. As vacinas disponíveis e liberadas para utilização em nosso meio são seguras, com importante papel na redução de hospitalizações e óbitos. Os efeitos adversos mais comumente relatados são reações locais e reações sistêmicas não-graves como mialgia, cefaleia, náuseas e febre. Casos de trombocitopenia imune associados à imunização contra SARS-CoV-2, incluindo a vacina BNT16B2b2 mRNA da Pfizer, foram descritos. Relato de caso: Um homem de 38 anos, previamente hígido e que não fazia uso de qualquer medicamento, recebeu a vacina PfizerBioNTech BNT16B2b2 mRNA. No décimo quarto dia após a vacinação evoluiu com petéquias, sangramento gengival e equimoses em membro superior direito e região anterior do abdome. Negava sintomas respiratórios, gastrointestinais ou outras queixas. Exames laboratoriais evidenciaram hemoglobina de 14.2 g/dL, Leucócitos de 15950/mm3 e plaquetas de 2000/mm3. Adicionalmente foi realizado investigação laboratorial de Hepatite B, Hepatite C, HIV, Epstein-Barr, HTLV e VDRL, com resultados negativos, além de FAN, coombs direto e fator reumatoide, também negativos. Paciente foi então admitido e tratado com Dexametasona 40mg ao dia por quatro dias, além de Imunoglobulina humana 1 g/Kg por dois dias. Evoluiu com resolução do sangramento gengival, além de involução dos outros sintomas, recebendo alta no quarto dia de internação com contagem plaquetária de 57000/mm3. O paciente foi encaminhado para o ambulatório de Hemostasia da Faculdade de Medicina de Marília onde se encontra em seguimento. Discussão: Trabalhos anteriores, com publicações em revistas médicas de grande relevância, sugerem associação entre trombocitopenia imune e imunização para SARS-CoV-2 com imunizante da Pfizer. O caso do presente paciente, sem outra causa identificada, sem histórico de outras morbidades e com relação temporal à imunização sugere, mas não prova, que a vacina deve estar relacionada à trombocitopenia do paciente. É importante considerar que a incidência de trombocitopenia imune é de cerca de 3.3 casos por 100000 habitantes ao ano, portanto é possível que o diagnóstico do paciente seja um coincidência dada o grande número de adultos imunizados no período.

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S47, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859591

ABSTRACT

Introdução: A Leishmaniose Visceral Humana (LVH) é endêmica nas Américas, sendo encontrada em 12 países, dos quais o Brasil representa 97% dos casos. As manifestações clínicas ocorrem após um período de incubação que varia de aproximadamente 10 dias a 2 anos, sendo subclínicas na maioria dos infectados. Entretanto, cerca de 20 % apresentarão formas sintomáticas e casos graves podem cursar com infecções secundárias desencadeadas pela imunossupressão causada pela LVH, tornando desafiador o manejo desses pacientes com infecção concomitante ao SARS-CoV-2. Objetivo: Reportar caso de infiltração de sangue periférico por Leishmania sp em paciente imunossuprimida com subsequente infecção por SARS-CoV-2. Metodologia: Paciente sexo feminino, 41 anos, moradora em área endêmica para LVH, portadora de Artrite Reumatoide com uso de MTX e Leflunomida em diferentes momentos. Iniciou quadro de dor abdominal associada a lesões cutâneas e em mucosa oral há dois meses, tendo como hipótese diagnóstica pênfigo vulgar e prescrito corticóide em alta dose. Evoluiu com queda do estado geral, icterícia e hepatoesplenomegalia, necessitando de internação na origem, com exames demonstrando anemia e plaquetopenia, alterações de enzimas hepáticas e alargamento de INR. Porém, após piora do estado geral, caracterizada por aumento de volume abdominal e sangramento em cavidade oral, via vaginal e cutânea, foi transferida para HC FAMEMA. Na admissão, constatou-se alteração da ausculta pulmonar e saturação de 90%. TC de tórax demonstrou opacidades em vidro fosco com 75% de acometimento, e RT-PCR detectável para SARS-CoV2. Em análise de hemograma observou-se inúmeras formas amastigotas livres e intracelulares de Leishmania sp e teste rápido para Leishmaniose visceral positivo. Paciente apresentou agravamento clínico progressivo com evolução para óbito após dois dias de internação. Resultados/Discussão: O encontro de inúmeras formas amastigotas livres ou no interior de neutrófilos e monócitos do sangue periférico desta paciente demonstrou uma acentuada depressão imunológica provavelmente pelo uso de imunossupressores e corticoide para o tratamento da artrite e “pênfigo vulgar ”respectivamente, além da co-infecção pelo SARS-CoV-2. Nestes pacientes, a resposta imune mediada por células é crucial no controle da leishmaniose, uma vez que células mononucleares do sangue periférico desses pacientes quando estimuladas “in vitro”com os antígenos de Leishmania, não produzem IL-1 e tem redução da expressão de MHC de classe II pelos macrófagos, favorecendo a ativação de células TH2 e progressão da doença. Consequentemente, haveria uma resposta inflamatória deficiente, diminuindo a síntese de INF- necessária para uma resposta antiviral, além de propiciar a multiplicação e disseminação do parasita com o envolvimento de múltiplos órgãos como linfonodo, medula óssea, baço, fígado e mais raramente do sangue periférico, como observado nesta paciente.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL